Discalculia
- Instituto Genéve
- 14 de jul. de 2020
- 2 min de leitura
Cerca de 60% das crianças disléxicas possuem algum tipo de dificuldade com números e as relações entre eles, o que chamamos de Discalculia. Aliás, mesmo frequentemente associado com a dislexia, a discalculia deve ser considerado um problema de aprendizado independente.

Quais os sintomas?
Lentidão extrema da velocidade de trabalho, pois não tem os mecanismos necessários. (tabuada decorada, sequências decoradas);
Problema com orientação espacial: não sabe posicionar os números de uma operação na folha de papel, gasta muito espaço, ou faz contas “apertadas” num cantinho da folha.
Dificuldades para lidar com operações (soma, subtração, multiplicação, divisão);
Dificuldade de memória de curto prazo (tabuadas (muita carga para a memória), fórmulas.);
Não automatiza informações – memória de trabalho - (armazenar e buscar o que foi ensinado);
Dificuldade de memória de longo prazo (esquece o que é para fazer de lição);
Dificuldade em lidar com grande quantidade de informação de uma vez só;
Confusão de símbolos (=, +, -,:, ., <, >);
Dificuldade para entender palavras usadas na descrição de operações matemáticas como “diferença”, “soma”, “total”,” conjunto”, “casa”, “raiz quadrada”;
Tendência a transcrever números e sinais erradamente, quando desenvolvendo um exercício como uma expressão, por exemplo. Isso é devido ao seu problema de sequenciação;
Alguns problemas associados com a discalculia provém das dificuldades com processamento de linguagem e sequências, característico da dislexia;
A criança com discalculia pode ser capaz de entender conceitos matemáticos de um modo bem concreto, uma vez que o pensamento lógico está intacto, porém tem extrema dificuldade em trabalhar com números e símbolos matemáticos, fórmulas e enunciados;
Ela é capaz de compreender a matemática representada simbolicamente ( 3+2=5 ), mas é incapaz de resolver “Maria tem três balas e João tem duas. Quantas balas eles têm no total?”
Soluções para ajudar
Permitir o uso de calculadora e tabela de tabuada;
Uso de caderno quadriculado;
Provas: elaborar questões claras e diretas. Reduzir ao mínimo o número de questões. Fazer prova sozinho, sem limite de tempo e com um tutor para certificar se entendeu o que pede as questões;
Muitas vezes o aluno poderá fazer prova oralmente, desenvolvendo as expressões mentalmente, e ditando para que alguém as transcreva;
Moderar a quantidade de lição de casa. Passar exercícios repetitivos e cumulativos;
Incentivar a visualização do problema, com desenhos e depois internamente;
Prestar atenção no processo utilizado pela criança. Que tipo de pensamento ela usa para resolver um problema?
Faça uma aula “livre de erros”, para esse aluno conhecer o sucesso;
Lembrar que para o disléxico nada é obvio, como é para nós.
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